Texto Mc 12:41
Introdução:
– texto presente em Marcos e em Lucas
– era época de Páscoa e muitas pessoas estavam em Jerusalém. A lei tinha algumas ordenanças sobre ofertas e por isso os líderes religiosos dos Judeus colocavam 13 ‘cofres’ na entrada do templo. Alguns funcionários eram posicionados ao lado desses cofres para dar orientações sobre as ofertas, fazendo que a cena toda chamasse a atenção das pessoas.
– não era apenas um pedido de dinheiro. Era o cumprimento de Êxodo 23:15, que em relação à Páscoa dizia que ninguém deveria se apresentar de mãos vazias perante ao Senhor. Era o momento mais ‘particular’ das pessoas com Deus. Toda a adoração era comunitária, mas esse momento de oferta era pessoal e intransferível.
1 – Jesus vê e julga o que ofertamos
– O mestre sentou para ver as pessoas ofertando. Prestou atenção nos valores, inclusive! Isso não quer dizer que eu ou qualquer igreja tenha o direito de saber ou perguntar quanto cada um oferta. O próprio Senhor diz que o que a mão direita ofertar a esquerda não deve saber. O importante não é que o pastor ou tesoureiro saiba: o importante é que Deus sabe.
– A importância que Deus dá para a oferta não é a oferta em si, mas sim o ofertante. Jesus estar alí, próximo das pessoas que ofertavam é um sinal de que é um momento de encontrar-se com Deus. É um momento que Deus espera o seu movimento.
– Vir a frente para ofertar é o momento de se aproximar de Deus e deixá-lo esquadrinhar seu coração para mostrar o que há nele.
2 – A quantidade absoluta da oferta não é tão importante quanto a quantidade relativa dela.
– A oferta de quem era rico não impressionou Jesus, por que apesar de ser muito, era ainda o que sobrava da riqueza deles. O que o mestre julgou como boa oferta foi as duas moedas da viúva, por que relativamente eram muito mais que as quantias anteriores.
– Essa viúva era muito pobre, mesmo. O texto em grego chama as moedas de Leptos. Aqueles 2 leptos eram a 128a. parte de um denario. E era tudo que ela tinha. 100%. 100% de pouco pode ser pouco, mas para Deus é o que basta. 5 paes e 2 peixes eram pouco, mas alimentaram mais de 100% de uma multidão.
– Ela não deu o dízimo… ela deu tudo. O dízimo é importante? Sim! Os 10% são uma referência para a gente ter uma medida, mas não são os 10% que chamam a atenção de Deus. Os olhos dele nãos estão na oferta: estão no ofertante. É essa disposição de se doar integralmente que atrai a atenção de Deus. É a única resposta certa ao chamado de Jesus para ser discípulo: vem e segue-me!
3 – Todo mundo sempre tem algo para trazer diante de Deus.
– o dinheiro é uma representação do nosso tempo de vida. Não é a toa a frase: tempo é dinheiro. O nosso dinheiro vem do tempo que empregamos nos nossos trabalhos. A maioria de nós trabalha ou trabalhou a vida toda 8h por dia durante 250 dias por ano. Em cada centavo que gastamos tem um tempo de vida junto representado.
– trazer dinheiro diante de Deus é trazer o tempo da sua vida. Se o tempo já foi gasto, você traz dinheiro. Se ainda não foi, você traz um voto, um compromisso de gastar esse tempo com Deus. Das duas formas o que você está trazendo é o tempo da sua vida ao altar.
– Aquela mulher naquela época não podia trazer mais nada além de dinheiro. E foram os dois leptos que ela trouxe. Ela não poderia servir no templo, ou frequentar a sinagoga, ou mesmo ter uma vida disciplinada de orações e estudo, porque dependia de mendigar para viver. O tempo dela era todo gasto em procurar a próxima refeição. E mesmo assim, ao doar os 2 leptos, ela estaria fazendo Jejum. Quem só pode doar dinheiro está entre as mais pobres pessoas no reino de Deus.
Conclusão
– Tudo que você possa trazer ao altar e entregar para Deus nunca passará de 2 leptos para Deus. Nada chega perto do que Deus fez e faz por nós. Deus não precisa de dinheiro. Nós precisamos, mas para ele a maior oferta do mundo continua sendo tão valorosa quanto dois leptos. Ele se importa com o valor do ofertante, não com o valor das ofertas.
– Deus, apesar de não precisar, quer que você traga os seus dois leptos mesmo assim! É importante para você trazer a sua oferta, o seu tempo, a sua vida. Até para você dizer que você manda no dinheiro e não o contrário. Quando essa oferta sai do automático e passa a significar alguma coisa, como no caso da oferta da viúva (era 100% do que tinha) a nossa vida ganha perspectiva do que realmente importa, e do que não é tão importante assim.
– Nós vamos fazer um momento de ofertas diferente agora. Um que vai tirar a gente do automático e nos fará pensar sobre com o que iremos nos apresentar diante de Jesus. Ninguém virá de mãos vazias perante Deus!
(A Dinâmica)
Quem estava presente recebeu um envelope com quadro ‘tipos’ de ofertas representadas em 4 cartõeszinhos diferentes e uma sacolinha preta.
As pessoas separavam os cartões que simbolizavam o que podiam ou tinham para ofertar e colocavam dentro da sacolinha preta. Se quisessem ofertar o que simbolizava os quatro cartões, colocavam os quatro na sacolinha. Se só quisessem ou pudessem ofertar o que simbolizava apenas um dos cartões, colocava apenas um na sacolinha.
Os cartões que não fossem para a sacolinha preta, voltavam para o envelope.




Nós oramos e depois fomos ofertar a nossa sacolinha preta (as nossas ‘duas moedinhas’ como a viúva pobre fez), uma pessoa de cada vez, sem pressa, sem ser no ‘automático’, colocando para Deus o que estava no nosso coração.
A oferta da viúva foi muito mais que dinheiro. Ela estava doando a vida dela e o tempo dela. Não são as igrejas ricas e ‘cheias’ que fazem a diferença, mas aquelas envolvidas com Deus e compromissadas com Ele. É esse tipo de igreja que queremos ser.